HERPES ZOSTER ("cobrão" ou "cobreiro")
CAUSA1 :
Geralmente, é decorrente da reativação do vírus da varicela em latência, ocorrendo em adultos e pacientes imunocomprometidos, como portadores de doenças crônicas, neoplasias, aids e outras. O vírus pode causar uma doença benigna ou até formas graves. O vírus "caminha" pelos nervos periféricos e ao atingir a pele causa erupções/lesões cutâneas.
SINTOMAS1:
Os sintomas da herpes zoster é, quase sempre, típico: antes de aparecer as lesões na pele, o paciente sente dores, parestesia (sensação de frio, calor, formigamento e pressão na pele, espontaneamente), ardência e coceira local, acompanhados de febre, dor de cabeça e mal-estar. As erupções surgem gradualmente, de 2 a 4 dias, seguindo o trajeto do nervo afetado, e normalmente ocorre de um só lado do corpo. Normalmente, ocorrem no tórax (53% dos pacientes), cervical (20%), face (15%) e nas costas (lombosacral, 11%). Quando as lesões não infeccionam, elas secam e formam crostas, se curando em 2 a 4 semanas.
Quanto mais idade tem o paciente, maior a probabilidade dele ter uma dor persistente após o aparecimento da erupção cutânea (40% dos pacientes acimas de 50 anos). É a chamada "nevralgia pós-herpética", que normalmente dura de 4 a 6 semanas, mas pode durar até meses. Casos raros, podem durar muitos anos. Esta dor "queima" e vai debilitando o paciente, que tem dificuldades para dormir, comer e fazer suas atividades normalmente.
TRATAMENTO:
Após o diagnóstico médico, o tratamento é feito com antihistamínicos (para reduzir a coceira), banhos de permanganato de potássio na diluição de 1:40.000 (para evitar infecção) e antiviral1.
Mas se o paciente apresentar dor persistente (nevralgia pós-herpética), após a cura das lesões na pele, os medicamentos não são muito eficazes. Os medicamentos que podem ser utilizados são antidepressivos tricíclicos, antiepiléticos (gabalina e pregabalina), opióides, tramadol, lidocaína e capsaisina. No entanto, cerca de 50% dos pacientes ainda não obtém alívio da dor satisfatoriamente. Além disso, os dois primeiros apresentam alta incidência de efeitos adversos, como sedação, boca seca, confusão, ganho de peso, tontura, sonolência, fadiga e distúrbios de movimento4.
O tratamento com a acupuntura é reconhecido pela OMS e utilizado para o tratamento da dor após herpes zoster 2,3. A acupuntura pode acabar com a dor do paciente em algumas sessões. Um exemplo de esquema de tratamento eficiente inclui sessões diárias por uma semana, seguida por sessões em dias alternados por 2 semanas e algumas sessões em períodos mais espaçados. A cada sessão o paciente sente alívio da dor, num efeito cumulativo ao longo das sessões até acabar completamente.
O tempo de tratamento e o alívio da dor depende das condições físicas do paciente e do tempo passado desde o início do sintoma. Logo, quanto antes o início o tratamento, maior sucesso em menos sessões!
Cabe lembrar, que a acupuntura é um tratamento que pode ser feito junto com qualquer outro, como medicamentos e homeopatia.
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Referências:
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Área Técnica de Dermatologia Sanitária*.Dermatologia na atenção básica de saúde. Cadernos de Atenção Básica, n.9: Série A. Normas e Manuais Técnicos, n.174. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. . 142 p. ;ilus. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/dermatologia_atencao_basica_p2.pdf, acesso em: 09/03/2014.
2. Ursini T, Tontodonati M, Manzoli L et al. - VZV Pain Study Group. Acupuncture for the treatment of severe acute pain in herpes zoster: results of a nested, open-label, randomized trial in the VZV Pain Study. BMC Complement Altern Med, 2011 Jun 5;11:46. doi: 10 1186/1472-6882-11-46.
3. WHO – World Health Organization. Acupuncture: review and analysis of reports on controlled clinical trials. Geneva : World Health Organization, 2002. 81p. Acesso em 02/12/2013. Disponível em: http://apps.who.int/medicinedocs/pdf/s4926e/s4926e.pdf
3. WHO – World Health Organization. Acupuncture: review and analysis of reports on controlled clinical trials. Geneva : World Health Organization, 2002. 81p. Acesso em 02/12/2013. Disponível em: http://apps.who.int/medicinedocs/pdf/s4926e/s4926e.pdf